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Augsburgo, 1930. Marie e Paul Melzer enfim conseguiram superar a crise que quase acabou com seu amor. O casamento está mais sólido do que nunca e foi coroado pela chegada do terceiro filho deles, Kurti, agora com 4 anos. Elisabeth, casada pela segunda vez e mãe de três filhos, também deixou para trás os dias de angústia e solidão. Na ausência de Marie, que tem se dedicado integralmente a seu ateliê de moda, ela realizou o antigo desejo de se tornar um pilar na mansão.

Ao contrário do que se diz, o deserto é um território fértil. Ao menos para Bahiyyih Nakhjavani, que, a partir de uma trama complexa, faz convergir nas areias árabes um grupo de personagens que têm suas trajetórias costuradas por um misterioso alforje. Uma noiva que viaja para encontrar o futuro marido, um padre em peregrinação, um beduíno de alma livre e uma escrava falacha são alguns dos retratos que a autora pinta com maestria e profundidade. Ainda que tenham origens, crenças e desejos muito diferentes, todos os viajantes terão a vida transformada pelas escrituras sagradas.

Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo medo da aids. Este romance traz uma história de superação de cruéis adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais. Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.

Neste clássico distópico de George Orwell, criado através de suas observações sobre regimes totalitários que assolam o mundo, Londres agora é Oceânia, o centro de um mundo onde o cidadão é parte de uma máquina, vigiado, punido e sem qualquer direito à escolha. No centro deste regime está Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade, parte do partido em que são escolhidas novas verdades e descartados ou substituídos fatos a favor do governo.

"Viver não pode ser só isso" é uma investigação lítero-poético-filosófica sobre o que é o viver. Com crônicas que passeiam pelas memórias do autor, desde a infância até os dias atuais, Lucão nos convida a viajar pelos quintais das casas dos avós, pela infância saborosa nas cozinhas de sua mãe, pelos medos de criança, pela perda do pai, pelas amizades, pelos amores e até pelas crises acometidas pelos dias sombrios da política atual e da pandemia.

Nesta história em que Colette mistura sua vida com a da protagonista, uma mulher acaba de se divorciar de um homem que a traía e que roubou os direitos de livros de sucesso que ela havia escrito. Sem dinheiro e rejeitada pela sociedade, ela ganha a vida nos palcos do bas-fond parisiense. É quando um "pretendente" apaixonado lhe oferece amor e luxo, com a condição que ela abandone a carreira de artista, a vida de vagabunda.

Leonildo nasce em cima de um baobá durante uma enchente. É albino, o que antes parece um milagre para o povo de Beira, Moçambique, aos poucos se torna maldição. O menino precisa ser escondido para seu corpo não ser transformado em amuleto. Guilherme ao perceber o que é, foge da Paraíba para São Paulo, depois é expulso da casa da tia religiosa. Espera pela operação de redesignação sexual até que vem a pandemia e seu corpo é interrompido junto ao tempo.