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Acerca de esta escucha
Tem dias que o peso que carrego nem tem nome. Não é uma dor grande, é só um acúmulo de pequenas coisas: cansaços que ninguém vê, silêncios engolidos, frustrações que não pareceriam grandes o bastante pra justificar o nó no peito. Mas elas pesam. E o tempo, que dizem curar, às vezes só dá mais corpo a essas dores.
A gente segue, meio no automático, tentando alcançar um futuro que não se vê, guiado por lembranças que não somem. Caminha olhando pra trás, tentando adivinhar o que vem, com os olhos ainda grudados no que foi. Porque tudo o que sentimos passa pelo que já vivemos. A gente nomeia o novo com palavras velhas, reconhece o presente com o cheiro da memória.
E aí, fica a pergunta: como criar algo novo com um corpo cansado? Como se libertar dos padrões que nos moldaram sem repetir tudo de novo?
Talvez viver seja isso: um ato de equilíbrio entre o que fomos e o que tentamos ser. Um passo por vez, com fé naquilo que ainda não vimos, mas que, de alguma forma, seguimos acreditando que pode chegar.
@wgonds