Resumo da presença de Lula na Cúpula do G7 em 2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, como convidado, da Cúpula do G7 realizada no Canadá entre 16 e 17 de junho de 2025, marcando sua nona participação nesse fórum. Apesar de não ser membro do grupo, Lula aproveitou a oportunidade para levantar críticas contundentes e apresentar a agenda diplomática brasileira, especialmente no campo ambiental e de paz internacional.Aspectos positivos da participação de Lula no G7Lula criticou duramente os países do G7 por gastarem mais recursos em guerras do que em ações para combater as mudanças climáticas, sugerindo a taxação das altas rendas como forma de financiar políticas ambientais e sociais.O presidente destacou a importância do diálogo para a resolução de conflitos, como o da Ucrânia, enfatizando que a guerra não será solucionada por meios militares, mas por negociações entre as partes.Em sua fala, Lula denunciou o "vácuo de liderança" global que agrava ameaças de conflitos, incluindo a guerra na Ucrânia e o conflito no Oriente Médio, alertando para o risco de o Oriente Médio se tornar um "único campo de batalha".Ele também chamou a atenção para a seletividade na defesa dos direitos humanos, criticando a "matança indiscriminada" em Gaza e o uso da fome como arma de guerra, além da resistência de alguns países em reconhecer o Estado Palestino.Lula buscou avançar a agenda do Brasil para a COP30, pressionando por compromissos mais ambiciosos dos países participantes para reduzir emissões de gases de efeito estufa.Aspectos negativos e limitações da participaçãoLula voltou a questionar a legitimidade do G7, classificando-o como um "encontro de ricos" e defendendo o G20 como fórum mais representativo das maiores economias e da diversidade global. Essa crítica pode ter soado como uma rejeição ao grupo, mesmo participando dele.O presidente não conseguiu realizar reuniões bilaterais importantes, como com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, devido a atrasos na programação da cúpula. Isso limitou a efetividade diplomática de sua participação.Lula criticou os ataques de Israel ao Irã sem fazer críticas equivalentes aos ataques iranianos, o que gerou controvérsia e foi interpretado como um posicionamento parcial que enfraquece a coerência da defesa do multilateralismo e do direito internacional.Sua aprovação interna no Brasil está em baixa (28%), e sua presença no G7 foi alvo de críticas por parte da oposição, que questiona o tempo que ele passa fora do país enquanto problemas internos persistem.Curiosidades e dados relevantesLula é possivelmente o líder que mais vezes participou do G7 como convidado, superando até mesmo líderes recentes e de países membros permanentes do grupo.A cúpula foi marcada por tensões internas, como a saída antecipada do ex-presidente dos EUA Donald Trump e o bloqueio americano a uma declaração do G7 condenando a Rússia pela guerra na Ucrânia.O Brasil, apesar de não ser membro do G7, busca ampliar sua influência internacional por meio de sua participação em fóruns como o G7 e o G20, além de liderar a COP30 que ocorrerá no final do ano no Brasil.
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