
#07 - No rastro dos ossos
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Vinte e oito mil novecentos e quarenta e sete: esse era o número da sepultura de Adeodato quando foi enterrado no Cemitério Público de Florianópolis, no dia 4 de janeiro de 1923. Poucas horas antes, ele havia sido baleado, e os fatos que se seguiram são um terreno difuso para a história. Os documentos apresentam lacunas e contradições: horários divergentes, ferimentos sem explicação e a suspeita de que foi deixado à própria sorte, apesar da gravidade de seu estado.
A memória sobre Adeodato atravessa tempos e territórios. Vive em relatos orais, em denúncias na imprensa, no silêncio oficial e em disputas que perduram. Nosso protagonista foi um líder caboclo, um homem racializado, pobre e sertanejo. O tempo o transformou em símbolo: temido ou reverenciado, mas símbolo, enfim.
Neste episódio, seguimos o rastro de seus restos mortais, enterrados em um cemitério que, semanas depois, foi desativado para dar lugar à ponte Hercílio Luz, cartão postal de Florianópolis. Entre exumações, anúncios na imprensa e registros oficiais, buscamos respostas: Onde está o corpo de Adeodato? E o que isso nos revela sobre as formas de lembrar — ou esquecer — certas vidas?
Fontes e Referências: https://anotepad.com/note/read/kib7f4ke.
Contato: estacaocontestado@gmail.com