Os Círculos Dantescos - tema que sempre desperta dúvidas, curiosidade, ceticismo, desconforto, medo e principalmente fantasias.

Quando propomos um estudo, nosso olhar é sempre prático. Buscamos apalpar as teorias, trazendo-as à luz dos fatos, extraindo seus simbolismos e aplicando-os no dia a dia, onde verdadeiramente podemos viver o conhecimento.

Com os Círculos Dantescos, não é diferente. O tema remete diretamente aos mundos infernais visitados por Dante Alighieri em sua obra A Divina Comédia. Paralelamente, recorremos aos ensinamentos do V.M. Samael Aun Weor, especialmente ao livro Sim, Há Inferno, Sim, Há Diabo, Sim, Há Karma. Uma obra profunda e simbólica, que exige um olhar além do literal.

Longe de ser apenas uma alegoria sobre o pecado, os círculos revelam um mapa da alma aprisionada na ignorância e na ilusão. Cada círculo é um reflexo de nosso inconsciente, onde a traição à luz interior se manifesta de formas diversas.

Portanto, ao invés de enxergar esses infernos como mundos externos e distantes, convidamos você a olhá-los aqui e agora, dentro de si mesmo. Todo ato de orgulho, avareza, luxúria, ira, gula, inveja ou preguiça nos arrasta para dentro desses círculos internos. Camadas psíquicas onde o sofrimento se repete a cada identificação com nossos próprios pensamentos.

Sob o olhar simbólico, e com a prática constante da autoobservação, percebemos que adentramos repetidamente esses Círculos Dantescos, não como punição divina, mas como consequência de nossas ações, onde o ego governa e a Essência permanece adormecida.

Do limbo da indiferença espiritual ao abismo da negação da Verdade, os nove círculos nos convidam à autorreflexão:

Onde estamos internamente neste inferno simbólico?

E como podemos retornar ao nosso Real Ser, onde habita o Cristo Íntimo?