Episodios

  • Especial Aniversário. A Fugas faz 25 anos e convidou três chefs para uma conversa sobre o futuro
    May 24 2025

    Aproveitámos os 25 anos da Fugas para juntar três chefs e pô-los a discutir o passado, presente e futuro da restauração e da gastronomia no país.

    António Bóia viveu os tempos em que a cozinha francesa dominava e as décadas em que Portugal começou a descobrir-se. Leonor Godinho e Diogo Novais Pereira chegaram mais tarde, mas representam duas das várias tendências que coexistem hoje – ela recuperou uma tasca tradicional lisboeta e deu-lhe continuidade, respeitando a tradição, e ele voltou para o restaurante dos pais, em Fafe, venceu o concurso Chefe do Ano em 2024, e fala-nos do que se está a passar fora dos grandes centros urbanos.

    Questões de género, sustentabilidade, direitos laborais: os restaurantes, que sempre foram sítios de políticos, hoje são sítios (mais) políticos.

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    1 h
  • Pedro Adão e Silva: PS será dos populistas económicos ou dos centristas liberais
    May 23 2025

    Pedro Nuno Santos não desejava eleições. Mas o secretário-geral socialista rejeitou a moção de confiança do Governo, foi a eleições na expectativa das consequências do caso Spinumviva e deixou o partido de rastos.

    Há várias formas de explicar o desastre histórico do PS. Afinal, o partido governou durante 22 dos últimos 30 anos e ainda está a recuperar de oito anos de poder com António Costa.

    Parece evidente que o PS perdeu a base tradicional de apoio e deixou de conquistar novos eleitores. Desde 2022, quando António Costa obteve uma maioria absoluta, os socialistas perderam 62 deputados e quase um milhão de votos.

    Numa entrevista ao PÚBLICO, António Mendonça Mendes diz que o PS não pode mostrar nenhuma pressa de voltar ao poder. Veremos. A reunião da comissão nacional de amanhã pode ajudar a responder a esta questão.

    Neste episódio, Pedro Adão e Silva, sociólogo, ex-ministro da Cultura de um Governo de António Costa, explica que a derrocada socialista tem de ser encarada de acordo com o declínio dos partidos sociais-democratas por todo o lado. O também colunista do PÚBLICO diz que o futuro do partido vai resultar da tensão entre os populistas económicos e os centristas liberais.

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    20 m
  • O envolvimento do Vaticano na guerra da Ucrânia pode ser uma armadilha?
    May 22 2025

    JD Vance e Marco Rubio, o vice-presidente e secretário de Estado dos EUA, foram a Roma convidar Leão XIV a visitar a Casa Branca.

    O Papa tem oferecido a sua medição em vários conflitos e ainda ontem a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, garantia que o Vaticano estava pronto para acolher negociações de paz sobre a Ucrânia.

    O presidente dos EUA, que prometeu resolver a guerra da Ucrânia em 24 horas, está sentado na sala oval há quatro meses e está longe de conseguir o que queria.

    As suas conversas telefónicas com Vladimir Putin não têm surtido efeitos e é cada vez mais notório que a Rússia não está disposta, pelo menos, neste momento, a negociar. Pelo contrário, a Ucrânia tem feito precisamente o contrário, tentando passar o ónus da culpa para Moscovo.

    Donald Trump pode ver no Vaticano a solução que lhe tem escapado e pode ser motivo para que se afaste, como tem ameaçado, destas negociações. Nesse sentido, o envolvimento do Vaticano é um pedido de ajuda ou uma armadilha?

    Aceitará Putin a intermediação da igreja católica?

    Neste episódio, Jorge Botelho Moniz, especialista em ciência das religiões, professor e investigador em relações internacionais da Universidade Lusófona, responde a estas e outras questões.

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    19 m
  • Ajuda humanitária entrou em Gaza, mas os bombardeamentos continuam
    May 21 2025

    Como se ouve no som de abertura deste episódio, retirado da Antena 1, Tom Fletcher, subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda de Emergência, a fome pode provocar a morte a 14 mil bebés em Gaza nas próximas 48 horas.

    Há onze semanas que Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, com o argumento de que os alimentos cairiam nas mãos dos terroristas do Hamas.

    O Governo israelita disse ter autorizado a entrada no território de uma centena de camiões, que transportavam ajuda humanitária, mas não passam de “uma gota no oceano do que é urgentemente necessário” para uma população de 2,1 milhões de palestinianos, diz a ONU.

    Benjamin Netanyahu só o fez devido à pressão exercida pelos seus aliados no Governo e Senado dos EUA, escandalizados, certamente, com as terríveis imagens de crianças famélicas.

    França, Reino Unido e Canadá criticaram o bloqueio humanitário e ameaçaram com uma acção conjunta se a ofensiva israelita continuar. A União Europeia decidiu ontem rever as suas relações comerciais com Telavive.

    Entretanto, continua-se a morrer à fome em Gaza ou em bombardeamentos constantes sobre o território

    Neste episódio, Joana Ricarte, especialista em Médio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra, analisa os últimos desenvolvimentos da Guerra em Gaza.

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    18 m
  • A descrença que empurra a extrema-direita está sem resposta dos partidos moderados
    May 20 2025

    O que para muitos parecia um receio no princípio da noite eleitoral, tornou-se mais tarde uma possibilidade e acabou com uma certeza: como André Ventura anunciou no seu discurso de domingo, aconteceu algo inédito na história da democracia portuguesa: o PS deixou de ser um dos dois pilares do sistema político-partidário. Em seu lugar aparece agora o Chega. Há quem fale no fim do bipartidarismo, no princípio do fim do regime, num terramoto, numa hecatombe. O mais certo e seguro é falar numa decorrência da democracia que, como a história o comprova, é tão generosa que dá o poder a homens ou partidos que desprezam os seus valores, quando não a querem derrubar.

    O que assistimos este domingo e nos últimos três anos de sucessivas eleições legislativas é espantoso. Em seis anos, o Chega sobe de 1,3% para 23% e conta, até ver, com uma bancada de 58 deputados. Num ápice, Portugal, que se orgulhava se saber conter os avanços da extrema-direita que se revelavam na Europa, descobre que está em risco de ter um governo da extrema-direita no futuro próximo. Passada a barreira dos 20%, tudo é possível.

    O que aconteceu pode ser uma manifestação tardia da expansão da direita radical europeia, mas é obrigatório tentar perceber nas suas entrelinhas o que resulta das especificidades da sociedade, da economia ou da política nacional. A desigualdade crescente, o sentimento de tantos que se sentem a ficar para trás, o descaso dos subúrbios ou do país rural, a imigração que explodiu em números num curto espaço de tempo e mudou num curtíssimo espaço de tempo a face de imensas comunidades podem ser fenómenos comuns ao que aconteceu em Espanha ou na Itália; mas as crises políticas sistemáticas, com três eleições em três anos, não deixaram certamente de reforçar a ideia de que os partidos tradicionais estão a pôr em causa a viabilidade do país.

    Um dia depois da noite em que uma era da democracia mudou, propomo-nos discutir estas questões com Teresa de Sousa. Redactora principal do PÚBLICO, viveu e sentiu na pele os custos do combate contra a ditadura antes do 25 de Abril e acompanhou de perto a história da democracia portuguesa desde a sua instituição. Nas suas colunas no jornal, tem reflectido sobre a ascensão dos radicalismos de direita e sobre o papel que os partidos do arco da democracia assumiram ou deviam assumir para a conter.

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    19 m
  • Eleições: o Luís vai continuar a trabalhar e o Pedro foi-se embora
    May 19 2025

    A AD reforçou a votação e venceu as eleições de ontem, com 32% dos votos, mas não obteve a maioria maior que lhe permitiria governar sem prescindir de terceiros. Os votos da Iniciativa Liberal, que se ficou pelo 9%, também não são suficientes para garantir uma maioria estável na próxima legislatura.

    O caso Spinumviva ou os escândalos que envolveram deputados do Chega não tiveram qualquer impacto negativo na hora de escolher o voto.

    Mas a noite de ontem ficou marcada pela descida histórica do PS, pela demissão do secretário-geral, Pedro Nuno Santos, que anunciou que não se recandidatará ao cargo. Mas também pela surpreendente subida do Chega. PS e Chega terão o mesmo número de deputados na Assembleia da República, 58 lugares, um empate que os resultados dos círculos da emigração poderão alterar.

    O colapso do PS é comum a toda a esquerda. À excepção do Livre, que aumentou a sua bancada de quatro para seis deputados, a CDU perdeu um lugar e o BE ficou confinado a Mariana Mortágua.

    Outra novidade da noite foi a entrada do JPP no hemiciclo. É verdade. Nem tudo ficou na mesma, embora a governabilidade do país não esteja mais garantida hoje do que estava garantida ontem.

    Neste episódio, Sónia Sapage, directora-adjunta do PÚBLICO, analisa os resultados destas eleições antecipadas.

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    17 m
  • A AD com razões para rir a dois dias das eleições legislativas
    May 16 2025

    A notícia chegou ontem à hora de jantar pela RTP, pelo PÚBLICO e pela Antena 1: em vésperas do período de reflexão que antecede as eleições de domingo, a AD alargou a sua distância em relação ao PS para oito pontos percentuais. Face ao estudo anterior do CESOP, o centro de sondagens da Universidade Católica, a AD sobe dois pontos e o PS cai dois pontos. Já o Chega, recua ligeiramente para os 19%. Se as indicações desta sondagem se cumprirem, o partido de André Ventura pode aspirar manter a sua actual bancada de 50 deputados.

    Tanto ou mais surpreendente que a relação de forças entre AD e PS ou o resultado do Chega é o desempenho da Iniciativa Liberal neste inquérito. Numa semana com fortes apelos ao voto útil por parte de Luís Montenegro e da AD, o partido de Rui Rocha não só resiste como sobe um ponto percentual, para 7%. Quer isto dizer que, em conjunto, IL e AD ficam perto do limiar da maioria absoluta, caso se disponham a um acordo de governo ou a um entendimento parlamentar depois do próximo domingo.

    Neste cenário, o número de mandatos dos dois partidos no parlamento seria maior do que a soma de todos os partidos de esquerda. Porque se o PS cai dois pontos, o Livre sobe apenas um, para 5%, o PAN recua o,5% e o Bloco e o PCP mantêm a votação do último inquérito, ou seja, 3%. Com a maioria de deputados face ao bloco conjunto da esquerda, a AD e a IL deixariam o Chega na ingrata posição de votar ao lado de comunistas ou bloquistas para chumbar matérias sensíveis como o programa do Governo ou o Orçamento do Estado.

    Com o número de indecisos a recuar de 15 para 12%, subsistem ainda margens muito amplas para a incerteza. 35% dos inquiridos admitem ainda a possibilidade de mudar o seu sentido de voto. O que, querendo dizer que ainda é cedo para determinar resultados, significa também que o estudo da Católica reforça as probabilidades de vitória da AD. Até porque um dos seus principais engulhos, o caso da Spinumviva, foi considerado pouco ou nada importante para a definição do sentido de voto de 29% dos inquiridos – pelo contrário, 22% considera este caso muito importante.

    Como interpretar estes resultados na recta final da campanha? Contamos para essa tarefa com a presença de David Pontes, director do PÚBLICO, neste episódio.

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    19 m
  • Encontro entre a Rússia e Ucrânia em Istambul não é o fim da guerra, mas pode ser o princípio da paz
    May 15 2025

    A menos de 24 horas do encontro entre delegações da Ucrânia, da Rússia e de emissários dos Estados Unidos, tudo sob os auspícios do presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, o que se sabe sobre as supostas negociações? Nada. Ou quase nada. Não se sabe se Vladimir Putin vai estar presente, como admitiu no passado domingo. Não se sabe se Donald Trump vai fazer um desvio do golfo Pérsico, onde se encontra em visita de estado, para incentivar as negociações. Não se sabe sequer se haverá condições para um cessar-fogo incondicional. Razão para perguntar: para que serve este encontro de hoje, quinta-feira, dia 15 de Maio, na capital da Turquia?

    Para começar, há um significado que vários observadores internacionais sublinham: as pressões em favor da paz estão a produzir aproximações entre os beligerantes. Em especial, estão a forçar a potência que tem vantagem no terreno, a Rússia, a admitir sentar-se à mesa. E neste quadro, se os Estados Unidos e Donald Trump parecem destacar-se como os principais agentes da abertura negocial, há quem note uma crescente influência da China na procura de caminhos para a paz. Ainda esta terça-feira, Xi Jinping e o presidente brasileiro Lula da Silva assinaram um comunicado onde afirmavam que as negociações eram o único caminho possível para a paz.

    Apareça ou não Putin ou Trump em Istambul, acreditar que uma solução pacífica está ao virar da esquina é irrealista. O destino dos territórios ocupados pela Rússia ou a liberdade reclamada pela Ucrânia para decidir uma eventual participação na NATO exigirão muito tempo, paciência e cedências difíceis de parte a parte. Ainda assim, três anos e quatro meses depois da invasão, haver um breve vislumbre de paz no horizonte é boa notícia. Notícia que queremos conhecer em profundidade com a leitura de José Pedro Teixeira Fernandes, especialista em assuntos internacionais, professor universitário, investigador do Instituto Português de relações Internacionais, IPRI e presença habitual nas páginas do PÚBLICO.

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    17 m
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